quarta-feira, 21 de abril de 2010

Restaurando e vendendo peças!



O carro já era nosso, então começamos a analizar por onde começariamos a "cruzada" como costumo dizer! Pois não é facil desmontar um carro inteiro e refazê-lo de ponta a ponta. Ainda mais quando não se é profissional da area! A grande maioria já ouviu falar de varias histórias de pessoas que pegaram ótimos carros ou até mesmo maravilhosos e os desmontaram para que os mesmos nunca mais retornassem a vida? Eu não gostaria de cometer esse erro, achando que isso nunca aconteceria comigo. Pois no inicio é tudo muito fácil. As vezes porque se está com todo o gás por causa da empolgação ou até mesmo por excesso de confiança!!!





Depois de conversarmos eu a Lê e o Null traçamos o nosso "plano de execussão", podemos assim chamá-lo! Devido a empolgação do primeiro momento, achamos melhor eu ir desmontando todo o carro, peça por peça para fazermos a reforma das mesmas. Tomamos essa decisão depois de analizarmos o quanto é comum vermos carros com peças "provisórias permanentes"! Quem não conhece algum exemplo de alguém que depois de o carro estar quase pronto, deixa para depois alguns acabamentos, e assim deixando-os em definitivo. Eu mesmo certa vez cometi esse erro!!! Comprei dois relógio AutoMetter (temperatura d'agua e pressão de óleo) e ao invés de fazer um suporte decente e definitivo, eu fiz um provisório que ficou durante 4 longos anos!!!





Mas antes de começar a desmontá-lo, fui fazer algo imprescindível, a tranferência da documentação!!! O que vou comentar agora é algo que não mencionei por esquecimento na postagem "A limpeza". O Alberto já tinha me dito para esquecer o carro, pois nenhum despachante conseguiria trazer o motor original de volta ao Dart. Na documentação constava que o carro tem 84 cv devido ao motor diesel, e que nos dias hoje é proibido alterar a potência para mais ou para menos dentro de uma margem de 10%. Mas nem pensei duas vezes e comprei o carro da mesma forma! É incrível como é complicado fazer a coisa certa em nosso país!!! Mas essa história eu deixarei para contá-la em detalhes em outro dia. O importante é que achei pessoas esclarecidas no assunto, o que me possibilitou transferir o carro para o nome da minha Esposa. Fiz isso como uma homenagem a quem me apóia incondicionalmente nessa "cruzada"!!!





Documentação em dia! Estou livre para começar a desmontar o carro e começar o arduo e prazeroso trabalho de restauração e reforma. E lá fui eu zincar, cromar, niquelar, pintar, pintar em epóxi, substituir, comprar, desamassar, escovar, polir, e vender varias peças. Essa ultima citada, me surpriendeu positivamente! Agora repetirei um trecho usado anteriormente em outra postagem: "que bom, existe internet... a internet aproximou e facilitou muito a vida das pessoas. A rapidez de conseguir informações é imensa!" Depois de catalogar e tirar fotos de todas as peças que vieram no lote junto com o Dart. Chegou a hora de anunciá-las na rede. Quase que de imediato Dodgeiros de todo o país entraram em contato comigo para informações sobre as peças! Houve dias em que fui ao correio duas ou três vezes para postar as mesmas. Enviei peças para os mais variados estados: RS, SC, PR, SP, RJ, MG, ES, GO, TO, MS, DF, BA, CE, MA, acredito que não tenha esquecido nenhum!




Vendia as minhas peças sempre por valores mais baixos do que os de mercado, salvo algumas raras exceções! Até porque nunca foi a minha intenção fazer parte do ramo. Eu precisava o mais rápido possível levantar algum dinheiro para devolver o empréstimo que havia sido feito para a compra do nosso Dart! Foi muito gratificante em alguns casos conhecer pessoas e as suas respectivas histórias Dodgisticas! Como todos sabemos, nossos caros tem alma, assim como as pessoas, e estas tem os mais variados sentimentos aos seus respectivos carros! Ainda esta semana recebi o email de um colega que havia me comprado uma sinaleira do modelo 75/78 no ano passado. Precisava da mesma na urgência em colocá-la no seu Charger R/T pois o mesmo estava sendo vendido naquela semana! Para minha surpresa o querido colega continua com o carro até hoje e disse que se tivesse concretizado o negócio teria se arrependido profundamente! Fico feliz que nos emails em que trocamos pude passar um pouco da minha história, citando alguns relatos que o ajudaram mudar de idéia!

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