quinta-feira, 29 de março de 2012

Cromados & Verde!!!



Já que estou esperando o progresso na funilaria e pintura. Resolvi usar o meu tempo livre para realizar algumas melhorias em peças de "pouca expressão" digamos assim. Em meus ex-Dodges sempre me incomodaram duas coisas. A primeira é a base do vidro do quebra ventro, ou ventarola. Como podemos perceber, quase todos os Dodges tem essa peça com aquelas desagradáveis "cáries", e no meu 72 não seria diferente. È verdade que em comparação ao R/T 76 e ao Dart 76, elas estavam bem melhores. Mas ai entrou aquela velha questão. Economizo e deixo isso para depois, ou faço agora que já está desmontado? Sem duvida essa é uma daquelas peças que depois de todo o Dodge montado, eu duvido que alguém irá desmontá-la. Pois para isso, tem que desmontar metade da porta!!!



Já que não precisei comprar as borrachas novas do quebra vento, pois as minhas encontram-se em ótimo estado. Resolvi investir parte dos $136 referentes as mesmas, na cromagem das bases. Pô... imaginem só o Dart com os vidros verdes, com os respectivos frisos em inox devidamente polidos, com borrachas novas e as bases das ventarolas com a aparência de que tomaram um tiro de 12!!! Em uma dessas visitas ao Fábio Jonas, deixei o meu par de bases para ele encaminhar para a cromagem. Aproveitando que ele levaria um lote de peças, inclui também as minhas duas maçanetas de portas. Pois lembro que durante o Mopar Nationals ele fez o comentário de que as importadas novas possuem as molas mais rígidas, o que deixa o botão muito duro. Sendo assim resolvi refazer a cromagem das originais. Sem falar que economizei mais $116.



Por último e não menos importante, vou falar de uma peças que sempre cai em nosso esquecimento. O pior de tudo é que ela fica em evidência quando levantamos o capô. Pois a danadinha fica bem centralizada, no meio da parede de fogo, em cima do distribuidor. Estou falando do motor do limpador de parabrisa. Certo dia quando eu pesquisava fotos pela internet,
achei um Dart Azul com um motor de limpador muito bonito e salvei aquela foto. Pensei que quando chegasse a hora, eu usaria aquela foto como parametro na restauração do meu. Mas nunca imaginaria que meses mais tarde eu o encontraria na oficina de restauração do Fábio Jonas. O tal motor em questão é do Dodge dele!!! Após realizar a cromagem, deixei o motor aos cuidados de meu amigo e vizinho Claudenir Fernandes, mais conhecido como Picachu. Coube a ele tarefa de estanhar os novos fios do lado direito. Substituindo aqueles que são revestidos com malha. Nem preciso dizer que essa malha desmanchou-se na desmontagem.




A postagem está encaminhando-se para o final e nada de verde!!! Até agora só falei sobre cromados e mais cromados. Então vamos lá... Terça feira a tarde mandei preparar mais 200 ml de tinta. Acompanhei o precesso que é muito rápido, pois a curiosidade era grande. Essa fórmula contém em sua composição: alumínio 46%, verde oliva 28%, branco 18% e preto 8%. Na quarta feira a tarde, o Ivan pintou um pedaço do capô para ter certeza que o Lime Green Matalic realmente era cor que eu tanto procurava! Quando entrei na oficina na quinta feira pela manhã, quase ganhei um troço!!! O capô encontava-se sobre um cavalete e a visão foi incrível! Nesse momento tive a absoluta certeza que tinhamos encontrado a cor exata. Na sombra esse verde fica ainda mais lindo!!! Depois fomos conferir como ela fica ao sol.




Confesso aos amigos que essas fotos não demonstram o quão é linda é a cor. Estou realmente impressionado com a minha escolha. Os sortudos que tiveram a oportunidade de ir ao Mopar Nationals de 2010 e admiraram o Cuda 70, poderão confirmar o que estou postando aqui. Tenho que agradecer ao meu Sogro e a minha Esposa, que desde o início me aconselhavam a pintá-lô de verde. Pois nos meus planos ele seria "Cinza Ratão" com os paralamas e o capô em Preto, ao melhor estilo Hemi Dart. Mas vamos combinar, são duas propostas totalmente diferentes e estou muito feliz com a decisão tomada! Vamos cruzar os dedos para que tudo ocorra perfeitamente ao longo desses meses restantes. Quem sabe eu consiga realizar o sonho de ir rodando ao MoNa 2012 para comemorar os 40 anos do 72??? Abração a todos e muito obrigado pela visita!!!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Escolhendo a F4!!!



Já se passaram mais de 2 semanas desde a última postagem. Nela contei que tinhamos iniciado o trabalho de remoção da pintura nas peças móveis da carroceria: capô, paralamas, portas e tampa do porta malas. Em seguida começamos a remover as laterais traseiras e o teto. Terefa realizada com um certa facilidade! Mas agora o furo éra mais em baixo, o processo seria bem mais demorado. Isso devido a quantidade de cantinhos e detalhes que encontram-se dentro do cofre.




Não seria exageiro afirmar que essa tarefa é bem "murrinha"!!! Tem que estar com paciência para realizá-la. Pois é muito diferente do que trabalhar em uma peça longa e lisa. Onde após aplicar o removedor basta esperar alguns minutos e passar a espátula para retirar tudo!!! Surgiram outros detalhes que acabaram influenciando um pouco o nosso progresso. Primeiro foi o término do horário de verão. Pois perdemos cerca de uma hora de luz natural. O que ajudava em muito o nosso trabalho! O segundo, foi que o Ivan ficou sem o seu compressor de ar durante 3 dias. Já que o mesmo foi para uma manutenção preventiva.




Como relatei anteriormente, O Ivan é muito caprichoso com suas ferramentas de trabalho. E precisavamos de ar comprimido para usarmos as escovinhas rotativas, deixando assim a lata "polida". Imaginem como seria desagradável na hora da pintura ocorrer algum problema de pressurização. Porque uma coisa é pintar Peugeot, Corsa, Palio, Kadett etc... A outra é pintar um carro de praticamente 5 metros de comprimento por 2 de largura!!! Sem contar que antes disso, ainda teremos que remover todo o assoalho, por dentro e por fora, e o porta malas!!!




A cor escolhida por mim foi a Lime Green Metalic ou simplesmente F4. Originalmente saiu apenas nos Cudas 70. Além de metálica, muda muito de tonalidade de acordo com a luminosidade. Podemos conferir isso nas três amostras acima, realizadas na sombra, luz amarela, e luz branca. Segundo palavras do próprio Ivan, o risco de ocorrer diferenças na pintura é grande, caso não façamos tudo no mesmo dia. O que os amigos acharam do verde??? Eu adorei, achei diferenciada, realmente com cara de carro americano!!! Mas sou suspeito para falar!!! hehehe...

domingo, 4 de março de 2012

Iniciando o que todos têmem!!!



Desde o dia 20 de outubro nosso Dart encontra-se na oficina do Ivan. Desde então, quando surge alguma folga, ele vai removendo peça por peça. A primeira delas foi a tampa do porta malas. É incrível o que pode encontrar-se sob a tinta de um carro. Por esse motivo, não há nada melhor que fazer a remoção de todo e qualquer material até chegarmos na lata! Após a tampa do porta malas removida, o Ivan ligou-me para conferir o trabalho dele. Nesse momento fiquei ainda mais seguro que tinhamos escolhido "o cara" certo!!! A impressão que tive é que a tampa tinha sido mergulhada em um enorme galão com alguma solução química milagrosa. Pois a mesma estava completamente limpa e com uma coloração meio esverdeada devido ao primer. Ali eu começava a visualizar o que apenas conhecia por fotos! Um verdadeiro trabalho de restauração!




Nesta primeira peça encontramos uma inesperada surpresa. A presença de fibra de vidro em um reparo longitudinal no lado do motorista, como podem observar na foto acima. Outros pequenos pontos de oxidação apareceram na parte traseira da tampa, mas nada fora do comum. Durante as semanas seguintes o Ivan deu atenção aos paralamas. Esses eu pude ver na lata crua!!! Pois ele ainda não tinha aplicado o primer. Quando vi os paralamas removidos, lembrei imediatamente do De Lorean do McFly! hehehe... Lembram que aquele carro é em inox escovado? Mas voltando ao assunto, os paralamas estão em uma situação muito parecida com a da tampa do porta malas. Ambas as peças não possuem nenhuma avaria grave em sua estrutura. Mas encontramos desta vez dois remendo soldados toscamente na parte inferior dos mesmos! Nada que uma pequena "cirurgia ambulatorial" não resolva!




A quarta peça a ser removida foi o capo de R/T que comprei do seu Danilo Thumé, pai do Null. Durante dois anos fiquei namorando ele, pois estava guardado lá na oficina. Como eu gosto muito do modelo GTS 68, resolvi trocar o capô original. Esta peça sim não apresentou nenhuma surpresa desagradável! Muito pelo contrário, encontrava-se muito integra, com apenas um pequeno amassado na parte dianteira. Na parte frontal, percebe-se o alinhamento perfeito. Comprovando que este nunca tomou nenhuma pancada! Suas respectivas flautas foram encaminhadas para o "Mestre Restaurador Fábio Jonas". Que teve apenas o trabalho de polí-las e re-pintá-las. As mesmas ainda estavam com o cromo original em muito bom estado, diga-se de passagem. É impressionante a textura que o Fábio consegue impor na cor Argenta!!! Agora estou com uma dúvida cruel. Uso as originais que possuem essa textura maravilhosa, ou uso as importadas zero, que são apenas cromadas?




Para finalizarmos a primeira etapa, restavam apenas as portas. Igualmente como todo o restante, ambas pareciam muito integras. Enquanto a porta do motorista comprovou-se ótima. A do carona apresentou mais uma surpresa. Esta de origem biológica digamos assim! Lembram que na postagem "O Resgate" eu escrevi que esse Dodge ficou parado uns 7 anos? Pois é... existe lugar melhor para uma família de roedores instalar-se e procriar??? Quando o Ivan mostrou-me a parte inferior da porta, fiquei impressionado e começei a rir. Os ratos tinham feito um ninho, e seus dejetos agrediram sem dó a lata. A mesma está muito corroída, parece um queijo!!! Um trabalinho a mais para o Daniel realizar, pois ele também fechará os quadrados que foram abertos para a instalação de autofalantes. Interessante que o antigo proprietário retirou-os e colocou forros de porta originais em perfeito estado!!!




Eu nem acredito que o nosso Dart já está sendo removido. E mais difícil ainda é acreditar que encontrei dois profissionais sérios e capacitados para a realização desta tarefa que todos têmem. Até o momento não tive nenhum problema com o Ivan e o Daniel. E pelo pouco que já convivemos, acredito que nossa relação será cada vez mais solidificada. Pois são homens sérios que jogam limpo e honram suas palavras. Coisa muito rara, principalmente tratando-se de restauração. Faço votos que após o termino de nosso Dart, eles possam encarar novos projetos de colegas, que a tempos procuram gente capacitada para confiar seus Dodges! Uma dupla como essa não se acha todo o dia!!!

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