Pedido ao direito de resposta - Lei de imprensa Nº 5212 - artigo V8 , da lei nº 0318/1972
"Querido Caju. Estou realmente emocionado com as tuas palavras... Não sei se eu já te disse isso, mas eu gosto muito de escrever e tô com uma baita inveja do amigo, no bom sentido, claro! Parabéns pela idéia!! Será que aquele livro que te dei te inspirou?...hehehe. São raras as pessoas que conseguem lembrar, perceber e descrever emoções de uma forma tão bonita como a que acabei de ler. E apenas quem tem sensibilidade e paixão no coração alcança isso. Ah, só pra deixar bem claro aos leitores com segundas intenções, não tem nada de “veadagem” nisso...hahaha. Não tenho dúvida alguma de que o teu BLOG vai te tornar muito conhecido. Te cuida Bruna Surfistinha!!! A história do DODGE na tua vida é realmente fora do comum. E que bom que eu tive o privilégio de participar um pouco dela, a partir do momento em que nos conhecemos, naquela tarde ensolarada.
"Depois de duas semanas de namoro pela internet, eu havia decidido “conhecer” o teu DART azul e tomei a estrada até Novo Hamburgo. Estavas trabalhando na tua loja de bicicletas, nos cumprimentamos sumariamente e fomos até o teu prédio, entramos pela garagem e me apresentaste teu DART 76. Sim, um DODGE nós “apresentamos” a alguém, nunca “mostramos”, afinal todo DODGE tem alma! Depois demos uma “aceleradinha” e, em pouco mais de meia hora, subimos até o teu apartamento para “falar do negócio”. Fui “conhecer” teu carro pessoalmente para sentir se um DART, bonito como o teu, me tirava da cabeça a árdua tarefa, na qual eu estava metido há cerca de um ano, de achar um bom CHARGER. Mas eu estava me enganando... Felizmente ou não, eu já estava decidido a não comprar teu DODGE quando retornamos daquela “aceleradinha”, não pelo carro, óbvio, mas por minha cabeça teimosa mesmo. Mas deixei nossa conversa rolar um pouco, roubando a tua tarde (tempo) de trabalho..."
"Até hoje não sei por que tiveste que descer novamente à garagem e me deixaste sozinho lá dentro da tua casa... Te lembras daquele momento? Tchê, nunca ouviste que tem muito bandido por aí rapá? Se eu fosse assaltante, tava com a festa pronta!...hehehe
"Não posso terminar de escrever sem registrar aqui os dias que antecederam a compra do meu CHARGER. Se alguém já leu em detalhes (como eu fiz) o livro do Badolato, saberá do que eu escreverei agora e que pouca gente sabe. Precisamente nas páginas 127 e 128, o Alexandre Badolato relata a compra de um CHARGER R/T 1971, amarelo boreal (pintado em vermelho e branco), que estava em Foz do Iguaçú. Bem, eu já estava com negócio fechado neste carro, preço acertado, transportadora contratada e até já havia um contato meu em Foz para fazer a burocracia do cartório e colocar o carro na transportadora para mim. Após uma semana de adrenalina pura, sem dormir direito, telefonemas para todo lado, eu finalmente teria o meu CHARGER e seria um R/T 1971!! Recebi dezenas de fotos do carro por email e, pela plaqueta, era realmente o mítico amarelo boreal."
"Mas destino é destino! E ele me pregaria mais uma peça. Naquela semana eu tratei toda a venda do carro com o secretário do dono daquele CHARGER, o qual era um atarefado industrial de bebidas no Paraguai. Mas antes de depositar o dinheiro à vista e por mais que o secretário me passasse total confiabilidade por trocas de emails e telefonemas, eu exigi uma conversa pessoal com o proprietário do CHARGER, pois seria meu primeiro DODGE e queria fazer algumas perguntas banais sobre o carro, as quais o secretário simplesmente não sabia me informar. O dono estava viajando e eu esperava impaciente... Os dias passavam, um, dois, três, estava chegando o final de semana e quase enlouqueci com o silêncio e a ausência de retorno do dono. Eu não podia viajar à Foz pois estava trabalhando e já tinha alcançado o limite das minhas economias para comprar aquele carro! E ele ainda teria que ser restaurado ao original, pois estava muito transformado."
"Foi quando o final de semana se aproximou, acho que era sexta-feira, o dono do CHARGER de Foz não me ligou e quem me telefonou? Ora, o Cajú...hehehe. Eu não havia mais falado com ele desde aquele dia em que nos conhecemos, acho que já fazia um mês. O Caju me contou sobre um CHARGER à venda
"Caju, enquanto montávamos meu DODGE, como um neófito, eu me deliciava com a “experiência em dodge” que tu me passavas. Neste pouco tempo em que nos conhecemos, fomos muito além de um DODGE e aprendemos a ser bons amigos. Às vezes, eu lamento morarmos em cidades diferentes, mas tem coisas na vida que não adianta lutar contra e sim aproveitar os bons momentos em que compartilhamos nossa amizade, mesmo que num rápido encontrinho de carros antigos no domingo pela manhã. Não posso deixar de agradecer ao querido Nullzinho, rica criatura que me apresentaste, e a tua maravilhosa família, sem exceção, e que sempre te apoiou. A Lê? Bem, não vou nem falar muito, ela vale ouro cara!"
"O mais fantástico de tudo isso é que as pessoas se aproximam, quase ao acaso, em função de alguns pequenos detalhes em comum de suas vidas, no nosso caso o DODGE. E, a partir disso, constroem-se grandes relacionamentos. E nossa missão nesse mundo é esta, conviver em paz, com harmonia, felicidade, amor e um bom DODGE nas mãos. Vou parando por aqui! Já me alonguei demais e este BLOG é teu meu amigo...hehehe. Estou torcendo para teu DART 72 voltar a roncar logo!"
Forte abraço e um beijo no coração meu irmão!
Diego, o Dr. Zinho!
Diego,
ResponderExcluirConto sim ...
Veio um filme na minha cabeça quando li teu post ... Aconteceu a mesma coisa comigo ... Eu tenatav falar com o dono e só conseguia o secretário ... A desculpa é que ele ficava no Paraguai ... Pô, mas no Paraguay não tem telefone ????
Parecia uma estória estranhíssima, mas era pegar ou largar ... Fiz uma proposta para pagar em 2 vezes, por um preço mais barato, autorizando ele a tirar as rodas e me entregar o carro com uma roda qualquer ... A desculpa para o preço tão alto eram as rodas, que segundo ele tinham custado uma fortuna ...
Mandei metade do dinheiro com o c ... na mão ...
Passaram 30 dias e eu paguei uma pessoa para ir a Foz para mim, ver o carro, acompanhar o embarque, fazer o trâmite de cartório ... Ou seja, desta forma reduzi meu risco para 50% do valor.
Estava achando que tinha caido numa, até a pessoa que paguei para ir lá me ligar ... O carro estava 100% como combinado, ele visitou a fábrica de bebidas no Paraguay, voi muito bem tratado ... e ainda liberaram a saída do carro antes da compensação do cheque ... Ou seja, um pessoal nota 10, que minha desconfiança se deu por conta desta "história do paraguai" ...
O carro chegou em São Paulo e me surpreendeu positivamente ... É zero de lata e foi pintado de um vermelho sem remover o amarelo boreal .. Onde você raspa a tinta, aparece o laranjão por baixo ...
Está aguardando a vez de ser restaurado enquanto o irmão ex-pick está em processo ...
O curioso é que um é chassi 20.765 e o outro é 20.772 ... Como em 1971 faziam 50 carros por dia, é quase certo que ambos foram fabricados no mesmo dia ...
Conto a história com mais detalhes e com fotos num próximo livro ...
Abração,
Badolato
Caro Badolato,
ResponderExcluirTua fama corre os quatro cantos do pais cara! Nunca tive a oportunidade de te dizer pessoalmente, mas acho que agora é o momento, mesmo que de "forma eletrônica".
Parabéns pela tua iniciativa, de verdade mesmo! Nosso país precisa de pessoas como tu para amadurecer o automobilismo (ou antigomobilismo). Isto também faz parte do nosso crescimento como país e nação. Já temos bastante orgulho, mas um dia seremos mais reconhecidos por tudo o que estamos fazendo por estes DODGES.
Uma pena que não te conheci pessoalmente na noite em que foste autografar o teu livro na churrascaria Schneider, em São Leopoldo/RS. Coisas da profissão de médico.
É claro que o Caju me fez o favor de comprar o meu exemplar e ainda conseguiu, "de lambuja", um autógrafo teu...hehehe
Sobre o "CHARGER do overhaulin'", como eu e o Caju nos acostumamos a chamá-lo, realmente é um carro bom, mas era missão para alguém predestinado como tu...hehehe
Aguardo o próximo livro com ansiedade.
Grande abraço, Diego.