Dart 72

Logo no inicio de meu projeto, eu tinha a intenção de equipar o meu motor com um Holley 700 à vácuo, juntamente com um comando Mopar 292/292 hidráulico. Talvez isso tenha a ver com a minha teimosia e a teimosia do Null. Pois muita gente fala que quadrijet à vácuo e comando hidráulico é coisa para levar a mãe na feira ou no supermercado! Já que nosso Dart será de uso diário e usado apenas eventualmente para algumas arrancadas, eu apostava nessa idéia! Depois da consultoria do Gustavo Minela, mudei de idéia sobre a escolha do comando, como postei anteriormente. Troquei o Mopar 292/292 pelo Lunati Voodoo 284/292, mas continuei pela opção do comando ser hidráulico. Segundo o meu amigo Evandro Parma, nunca um comando hidráulico será mais eficiênte do que um mecânico ou um roller. Mas dizer que o mesmo não presta já é um exageiro!



Certa noite na oficina do Null, estavamos conversando sobre as opções de carburação. Então comentei sobre a opção de ter um Demon 700 cfm ao inves de um Holley 700 cfm a vácuo, e perguntei a ele o que achava. "Caju, na minha opinião o melhor carburador do mundo é a injeção eletrônica!!!" Uma das coisas mais legais na minha opinião quando se abre um capô de um carro V8 é ver que o mesmo tem um quadrijet equipando-o. Estava um pouco preocupado que ao escolher a injeção eu perderia um pouco desse "romantismo"!!! Mas estamos em 2010, porque não ultilizar as maravilhas tecnológicas do mundo moderno a nosso favor? Ainda mais que o nosso Dart não será nenhum placa preta!!!



No mesmo instante para minha surpresa entra na oficina o Vini (Vinicius Bretas). Sabe aquelas pessoas que quando tu começa a conversar não se para mais, pois é ele é um deles!!! O Vini sabe muito sobre injeção, pois trabalhava em uma oficina de preparações de carros turbo aqui em Novo Hamburgo, agora está morando em Bento Gonçalves pois recebeu uma ótima proposta de trabalho, e se mandou pra lá!!! Então ele começou a me falar das vantagens da injeção eletronica sobre o carburador, do melhor acerto, da economia, da praticidade. Após isso o Null completou dizendo o seguinte: "imagina, nunca mais ter que trocar junta de carburador, trocar esguicho, regular nivel de bóia, limpar cubas, fora que a injeção nunca vai afogar, trancar agulha etc..."



Sexta a noite fui ao Velopark, tinha combinado com meu Grande Amigo Diego Uchoa nos encontrarmos lá para vermos os V8 acelerarem no Open Night. Chegando lá a primeira visão que tive foi muito gratificante, nosso amigo Rodrigo Pulita estava lá acelerando na reta com seu Meninão, o Dart 74!!! No domingo a tarde voltei ao Velopark para conferir as finas do Campeonato Brasileiro de Arrancada e torcer pelos amigos Carlos, Alexandre Kroeff e Leowaldo Petry.



Adivinha quem eu encontrei lá??? O Vini!!! Depois de conversarmos um pouco e de contarmos as novidades, ele me diz que tem que me apresentar um cara. Então lá vamos nós pra cima e pra baixo até encontrarmos o tal cara dentro do box onde estava o Mustang do Cláudio Castañon. "Caju...esse aqui é o Cristian, o dono da Fueltech, ele pode tirar todas as tuas duvidas sobre injeção!" O cara estava conversando com os mecânicos do Castañon e prontamente me deu toda a atenção!!! Falamos sobre qual a melhor opção de injeção, quais os tamanhos dos bicos injetores, quantas bobinas etc... O cara é muito gente fina!!! Depois me disse que quando o Dart estiver pronto e eu precisar de ajuda, ele me dará o suporte necessário! Não preciso dizer que naquele momento decide de uma vez por todas pela Fueltech.

www.fueltech.com.br

No filme 60 segundos o ator Nicolas Cage interpretava o personagem Randall "Memphis" Raines, um ladrão de carros que era obcecado por sua Eleanor, um Ford Mustang Shelby GT 5oo 1967. Já no meu caso a minha Eleanor nada mais é do que o Dodge Dart Hemi Super Stock de 1968. Qual o Dodgeiro que nunca pensou em ter, dirigir, ou apenas escutar pessoalmente um Hemi 426? Já que agora tenho um Dart 72, que é um modelo praticamente idêntico ao 68 americano, resolvi fazer a lateral traseira igual a do Dart Hemi em sua homenagem! Segue abaixo um pequeno resumo sobre essa grande obra de engenharia da Chrysler que tornou-se um mito!!!



Carros de corrida vendidos ao público comum! Esta era a realidade vivida pelos Norte-Americanos, na era dos Muscle Cars. Se voltarmos aos anos 60, veremos que estes carros especiais não só eram populares nas corridas de NASCAR e NHRA mas também nas ruas. Naquele período, as montadoras utilizavam as corridas oficiais como forma de conquista novos e fiéis compradores. De olho no mercado e nas regras dos campeonatos, modelos como o Ford Fairlane Thunderbolt com motor 427', Pontiac Catalina 1962, Ford Torino Talladega e o recordista Dodge Charger Daytona, foram lançados e vendidos normalmente ao público.



A potência e o exagero na cilindrada era algo desejado por todos, e mais ainda pela própria Chrysler! De olho nas provas de arrancadas promovidas pela NHRA, a montadora contratou a Hurst Performance para produzir cerca de 80 unidades especiais do Dodge Dart e do Plymouth Barracuda. A Hurst atendeu prontamente seu pedido, pois nenhuma fábrica conseguiu produzir um carro tão selvagem, devastador e assustador como o Dodge Dart Hemi Super Stock de 1968. Só mesmo a Mopar para construír algo como o Hemi Dart, afirmam os especialistas Norte-Americanos. Tom Shaw, jornalista da revista Muscle Car Review chegou a escrever: "A Chevrolet até poderia ter construído um algo como o Dart Hemi, mas somente a Chrysler teve a coragem para isto"!!!



No dia 20 de Fevereiro de 1968 (aniversário do meu pai...hehehe), a Chrysler envia cartas aos seus revendedores alertando sobre a opção de seus novos modelos. Sob o código L023 (Dart) e B029 (Barracuda) eram destinados às competições e vendas ao consumidor. Levando em consideração que para vencer arrancadas temos que ter o menor peso possível e a maior potência disponível, sendo assim os Super Stock Dodge e Plymouth eram perfeitos. Totalmente aliviados e muito mais leves que as versões originais. O Dodge Dart Hemi tinha ambos paralamas dianteiros e o capô de fibra, paralamas traseiros "cortados" aliviando peso e aumentando o espaço disponível para os pneus. As portas e parachoques eram produzidos com chapas de aço mais finas que o normal, as máquinas de vidros eram removidas, um cinto com trava mantinha os vidros fechados! Não possuia rádio, aquecedor, material isolante, banco traseiro e outros itens considerados "supérfluos" para carros de corrida. Até mesmo os bancos dianteiros eram mais leves, com estrutura em alumínio e a bateria era deslocada para o porta-malas. Com todas essas mudanças conseguiram eliminar 683 Kg dos 1660 originais!!!



O melhor desta incontrolável máquina era o motor. Debaixo do capô tudo era feito para suportar o enorme HEMI 426. O cilindro mestre era deslocado para dar espaço para as tampas de válvulas, a direção hidráulica era removida, o agregado era adaptado e pequenos "amassados" no cofre e paralamas internos eram necessários para acolher o novo motor. Os cabeçotes eram de ferro fundido mas havia a opção em alumínio. Tuchos mecânicos, corrente dupla de comando, bomba de óleo hi volume, taxa de compressão de 12.5:1, dois carburadores Holley Quadrijet mecânicos e coletores dimensionados Competition Hooker. Tentando driblar as regras impostas pelo governo para circulação de automóveis de passeio, a Chrysler declarava menor potência e torque do seu motor HEMI: "apenas" 425 cv e 67,5 Kg/f de torque disponíveis a 4.000 rpm. Porém, especialistas constataram que o Hemi tinha, na verdade cerca de 600 cavalos de potência, pois girava na casa dos 6000 rpm!



Para suportar e transmitir toda a potência para o chão, o comprador tinha duas opções, optava-se pelo câmbio de 4 marchas com alavanca Hurst ou pelo TorqueFlite automático. O diferencial era o Dana 9 3/4, com relação curta: 4.88. Os freios eram à disco na dianteira e tambor na traseira. A suspensão recebia um pacote especial denominado "High Control" e rodas de aço aro 15. A troca dos pneus originais, por esportivos, deveria ser feita pelo próprio comprador. Ao final do projeto a Chrysler havia produzido um dos carros mais rápidos do mundo, pois tinha apenas 977 kg, obtendo uma relação de peso/potência de 1,628 kg por cv. Para conter o ânimo dos compradores era necessário assinar um termo de responsabilidade imposto pelo governo Norte-Americano. Vamos convir que "pilotar" um carro de rua que faz 402 metros em 10 segundos não é para qualquer um, ainda mais na decada de 60. Para termos uma idéia de quão estúpido o Dart Hemi é, a Ferrari Enzo fica meio segundo atrás dele nos 402 metros!!!

Segue abaixo o email enviado pelo nosso amigo Vidal trazendo as boas novas, sem duvida essa foi a melhor noticia do ano!!! Em seguida postei o email do nosso grande amigo Rodrigo Pulita, escrito após o final feliz dessa triste história!!!

É com imensa alegria que comunico aos amigos que o Dodge do nosso querido Rodrigo Pulita foi recuperado hoje aproximadamente ás 19h.O carro não sofreu nenhum dano,foi roubado apenas o dvd e o Autometer Monster que estavam no carro.

Nosso amigo estava sendo extorquido no valor de R$ 20.000,00 para reaver seu Dodge,quis o destino então que o carro fosse achado da seguinte maneira:

O ladrão possuia uma casa a venda em Caxias do Sul e a mesma estava numa imobiliaria. Hoje a tarde quando o corretor de imóveis foi mostrar a casa para um interessado, qual foi sua surpresa ao abrir a garagem??? O Dodge estava lá...paradinho.

Devido a imensa divulgação por todo Brasil, especialmente na Serra Gaúcha, e por conhecer o carro e saber do roubo, o corretor acionou a polícia, que de imediato prendeu o dono (ladrão) da casa.

Agradeço a mobilização de todos os amigos e fico contente por poder dar essa noticia em primeira mão...ainda mais com esse final feliz.
Avisem a seus contatos da boa nova.

Grande abraço, Vidal.




SENHORES(AS) ,

COM IMENSA SATISFAÇÃO QUE INFORMO QUE MEU MENINO ESTÁ DE VOLTA.... TIRANDO PELOS MIOLOS DA CHAVE DE IGNIÇÃO E PORTA-MALAS, A FALTA DO RADIO E DO CONTAGIROS AUTOMETER MONSTER. LADRÃO PRESO E RESPONDENDO PARA A POLICIA. O CARRO ESTAVA NA GARAGEM DO MESMO, VIZINHO DA OFICINA EM QUE EU LEVO O DODGE.
CARRO FOI RECOLHIDO AGORA PARA O GUINCHO E AMANHÃ VOU RETIRAR ELE.

RESUMINDO, É COMPLICADO FALAR DETALHES DA HISTÓRIA PORÉM O MAIS IMPORTANTE É QUE O DODGE ESTÁ A SALVO. PEÇO QUE NÃO SEJAM DIVULGADAS HISTÓRIAS EXTRA OFICIAIS SOBRE O ASSUNTO POR MOTIVOS PESSOAIS.

AGRADEÇO MUITO A TODOS QUE ME AJUDARAM NESSA E PEÇO POR FAVOR QUE ENCAMINHEM ESTA MENSAGEM PARA TODO MUNDO NOVAMENTE AGRADECENDO.
NUNCA VI TAMANHA MANIFESTAÇÃO DE AMIZADE NA MINHA VIDA, AGRADEÇO MUITISSIMO A TODOS, JAMAIS CONSEGUIRIA CITAR TODOS OS NOMES .

FICA AI A LIÇÃO, CUIDEM MUITO BEM DOS SEUS ANTIGOS, NÃO DEIXEM ELE SAIR DAS SUAS VISTAS. TODO O INVESTIMENTO EM SEGURANÇA É VÁLIDO.

ABRAÇO E MEU MAIS UMA VEZ MUITO OBRIGADO, DEUS ABENÇOE A TODOS!!!!

RODRIGO PULITA - FELIZ PROPRIETÁRIO DE UM CARRO QUE AMA, IGUAL A TODOS QUE AJUDARAM

Estava sem conseguir realmente parar na frente do computador devido a correria e

nervosismo que estou passando. Não lembro de um momento em minha vida que

fiquei tão emotivo e sem sentir o chão embaixo dos pés desde o momento que olhei

o lugar que meu dodge estava estacionado vazio.

Sábado, 08/05/2010 em Caxias do Sul, na Rua Frei Pacífico 53, no Bairro Pio X estava

 o dodge estacionado ao meio dia, logo a frente da oficina do meu amigo Mecânica Vacaro.

Fui almoçar junto a ele e deixamos o dodge estacionado em frente a oficina. Após 20 a

30 minutos voltamos e o carro não estava mais lá. O pai do meu mecânico voltou uns

15 minutos antes e o carro ainda estava estacionado, ou seja, agiram rápido. Ninguém dos

vizinhos viu, porém ouviram e não deram importancia pois sou conhecido por ali e sempre

estou andando pra lá e pra cá de dodge.

Avisei todos que conheço, fiz o Boletim de ocorrência junto a BM, cadastrei

no site da Policia Rodoviária Federal e avisei todos os mecânicos e amigos

que conheço. Falamos com todos os policiais conhecidos, liguei para a radio

taxi da cidade para conseguir informações gratificando quem possa ter algo.

Avisei os clubes de carros antigos, ferro velhos e todos os amigos

possiveis que tem interesse no assunto. Por sorte tive a surpresa que muita

gente está comovida em ajudar e vejo como é importante ter amigo e ser

amigo numa hora dessas.

Tenho fé de que o carro aparecerá, talvez pagando alguma quantia a algum

ladrão. O que creio ser importante e escrevo isso com as lágrimas já

escorrendo no rosto é a volta do meu menino. Meu querido carro está comigo

a um bom tempo, muitas viagens, muitas histórias, muitas dificildades e

muita dedicação formaram a relação que eu e ele tinhamos. É dificil se

expressar dessa forma quando se fala com Policiais que lidam com crimes

talvez de maior importancia mas para os colegas antigomobilista sei que

estou sendo entendido perfeitamente. Era o carro que eu andava e na noite

deixava ele limpo e coberto com uma capa, dava boa noite para ele após um

tapinha na tampa traseira. É inexplicável mas é assim.



Peço que todos que tenham alguma forma de ajudar se possível o faça.

Agradeço muito a todos que me ligaram e foram solidários ao caso, não está

sendo facil para mim pensar em onde estará meu amigo e nas mãos de quem.

QUALQUER INFORMAÇÃO EU GRATIFICO. 

CONTATO VIA TELEFONE/E-MAIL/MSN



ORKUT(estou com medo desse tal orkut pois mostra demais a vida da gente e

expoe a esse tipo de situação, não pretendo adicionar ninguém sem alguma

mensagem identificando)

TELEFONE 24 HORAS: (54) 81166280

E-MAIL: pivasdragracing@yahoo.com.br

msn: rodrigopulita@yahoo.com

Orkut: Rodrigo Pulita

Eu sempre fui do time que prefere um Dodge com visual Muscle do que com o visual Original! Aqui no Brasil costumamos dizer que nossos Dodges fazem parte da familia dos Muscle Cars. Na verdade a denominação correta seria Pony Cars, pelo fato de nossos carros serem "compactos"!!! Lembro que certa vez estava na casa do Null onde vi uma reportagem na Car Craft que dizia o seguinte: 1964 inicia a era dos carros compactos. Aqui no Brasil um carro com 5 metros é quase um exagero, mas lá nos USA é normal vermos carros com mais de 6 metros desfilando de um lado para o outro!!!



Desde o inicio o meu objetivo era encontrar um Dodge que estivesse abandonado a anos dentro de uma garagem. E que este não fosse um "imaculado", pois o que eu queria mesmo era fazer um Dart com tudo que eu tivesse direito! Onde eu não teria pena de fazer certas alterações e adaptações para deixá-lo com a minha cara, com meu estilo! Admiro muito, mas muito mesmo quem mantem seus Dodges originais. Mas sem duvida eu não me enquadro neste perfil. Talvez porque eu tenha crescido vendo revistas como a Hot Rod e Car Craft onde o pessoal fazia maravilhas nos mais diversos modelos me deixando fascinado. Assim como eu, o meu Grande Amigo Null tem o mesmo gosto para a coisa. Sempre digo que ele é o meu "mentor"!!!



Ao longo dos meses eu, minha Esposa e o Null trocamos inumeras idéias de o que fazer, de como fazer, e de quando fazer? Chegamos as seguintes conclusões: gostariamos de um motor com muita potência, mas que se comportasse bem no uso urbano, no dia a dia. A opção escolida foi um motor Stroker 402 injetado com nada menos do que 453 cv. As supensões dianteira e traseira serão originais, apenas com as buchas dos tirantes e dos jumelos em PU. Os amortecedores serão os Gabriel Made in USA, desisti dos KYB para não abrir mão do conforto. Resolvemos fazer o Sub Frame para reforçarmos a estrutura do chassi. Acredito que se nossos Dodges os tivessem originalmente de fabrica, hoje teriamos muito mais carros circulando nas ruas do pais! As rodas serão as Rallye completas com as calotinhas e os anéis em inox nas medidas 15 X 7 e 15 X 10 calçadas por pneus 205/60 ou 215/60 na dianteira e 275/60 na traseira. A minha prefêrencia é sem duvida pelos BFGoodrich Radial T/A que são maravilhosos.



No interior deixarei o painel todo original, inclusive estou a procura de um rádio que caiba no meu orçamento! hehehe... Em contra ponto usarei bancos concha reclináveis com cintos Simpson deixando um visual bem agressivo!!! Estou analizando a possibilidade de usar as máquinas dos bancos e os trilhos originais nos concha, acredito que ficará muito bonito. O revestimento dos mesmos seguirá o padrão mais próximo possível do original da linha 72! Tenho planos de usar dois Auto Meter de pressão do óleo e temperatura d'água com fundo branco para combinar com o rádio e o painel! O volante será provavelmente uma réplica do Walrod que comprei de um amigo. Não usarei console central, apenas uma bela coifa de borracha revestindo a alavanca da caixa 4 marchas equipada com a manopla da Hurst na cor branca!!!



A escolha da pintura e do estilo foi a parte mais difícil. Eu estava em duvida entre o visual malvado do Dart Hemi, onde eu deixaria todo o carro no fundo só com os paralamas e o capo em preto semi brilho ou o visual mais clássico do Dart GTS onde a cor seria uma tonalidade de Verde Musgo próxima a FF4 do Cuda 1970, e usariamos o capô do R/T. Eu e o Null estavamos muito inclinados a fazermos o Dart Hemi, mas acabei escolhendo o visual mais clássico. Até porque o carro não será de arrancada, pois vou usá-lo no dia a dia. Digamos que minha Esposa e meu Sogro influênciaram bastante nessa escolha!!! Mas o mais engraçado estava por vir, a unica coisa que a Lê não abriu mão de jeito nenhum é que nosso Dart tenha a lateral traseira recortada igual a do Dart Hemi!!! Já que usaremos pneus 275 acho que a idéia irá cair bem, ainda mais depois que achei uma foto de um Dart onde foi recortada a lateral traseira e refeita a linha que contorna a caixa de roda, dando um ótimo acabamento!!!

Se eu tivesse o privilégio de ter dois Dodges, um seria totalmente original. Provavelmente um Charger R/T entre os modelos de 71 à 78. E o outro sem duvida seria o meu Dart 72!!! Os modelos de faixas do Charger na minha opinião são um show a parte. Até hoje eu fico em duvidas qual delas é a mais bonita. Os 71 e 72 são clássicos, além de terem faixas de muito bom gosto, destacan-se pelo prolongamento do vinil na parte inferior do vigia. O painel do 71 é de impressionar qualquer um com seus marcadores. Já o do 72 destaca-se pelo fundo cinza claro, um expetáculo, ambos são maravilhosos!!! O 72 além das lindas faixas laterais também possue faixas exclusivas no capô!




Já os 73 e 74 vieram com faixas mais sutis mas nem por isso menos belas! Em compensação vinham com aquele friso diferenciado em aluminio que chama atenção a distância. No meu ver esses dois modelos possuem um revés, acredito que eles tenham o painel mais simples de todos os modelos criados pela marca. Apartir de 73 o Charger passou ser montado com o capô identico ao do Dart GTS e com a grade bi partida toda quadriculada. Essas duas mudanças juntamente com o teto de vinil se tornaram ao longo do tempo as marcas registradas do Charger R/T!!!




Já os 75/76 e 77 eu os amo!!! Talvez seja pelo fato de serem os modelos que mais tive contato em minha juventude. Com a mesma grade bi partida dos modelos anteriores agora não mais quadriculada e sim frisada. As faixas eu não consigo decidir até hoje qual das três é a mais linda! Cheguei a conclusão que tudo depende da combinação de cores entre tinta, faixas e teto! O painel voltou a ser lindo, com um visual totalmente diferente. Acredito que tenha agradado tanto que é praticamente o mesmo apartir de 75 indo até 81.




Fico imaginando que o Charger perfeito pra mim seria o meu saudoso R/T 76 Amarelo. Sem duvida eu o traria para a cor original, o Branco Valência. Também faria o teto, as faixas e o interior em caramelo como era originalmente. Deixaria-o em perfeito estado, apenas para desfilar nos finais de semana, assim deixando o Dart para o Road and Track!!! hehehe... Que ironia!!!

Como a internet facilita as coisas hoje em dia! Graças a ela eu tenho contato com vários outros Dodgeiros do país inteiro. Alguns destes, mesmo sem conhecê-los pessoalmente tenho o privilégio de chamá-los de amigos! Meses atrás, para ser exato 14, me cadastrei no www.museudodge.com, site do meu amigo Alexandre Badolato, este eu tive o imenso prazer de conhecê-lo pessoalmente no lançamento do seu livro "Dodge - História de uma coleção". Eu recomentdo este livro a todos, pois a leitura é muito prazerosa e contém fotos incríveis. O unico defeito é que ele conta "apenas" 10 histórias de Dodges que fazem parte do acervo do Museu do Dodge, que em breve estará completo! Mas voltando ao site, sem duvida este tornou-se a minha ferramenta mais rápida e segura para sanar dúvidas existentes. Após trocar idéias com os colegas de forum, eu as debato com o meu grande amigo e mecânico Null.





Em alguns casos não chega-se a um consenso, até porque ali encontra-se várias "escolas" diferentes. Particulamente eu acho isso o mais legal desse forum, cada um tem seu Dodge da maneira que lhe convém, do jeito que sempre sonhou. Alguns preferem os mesmos impecávelmente originais, com rodas de 5,5 polegadas calçadas com pneus diagonais, traseira baixa, interior intocado, rádio de fábrica, cofre imaculado onde se encontra cada fio, relé e adesivo no seu respectivo lugar, e o mais importante de tudo, obedecendo toda a descrição da chapuleta!!! Já escrevi em outra postagem que admiro muito os proprietários que adotam essa postura. Até porque sem eles não teriamos Dodges originais para mostrarmos para as futuras gerações este capítulo da história da industria automotiva nacional!




Em nossos tópicos há os mais variados assuntos desde documentação, pintura, restauração, chapeação, indicação de profissionais, peças compativeis de outros veiculos, fornecedores de peças nacionais e importadas, encontros, freios, suspensão, interior, motor, parte elétrica etc... É impressionante a quantidade de informações obtidas nestes grupos de discussão, já que existem proprietários que possuem carros imaculados, onde não seria exagero dizer sairam ainda ontem da fábrica. Fora que há uma meia duzia de "doentes" que infelizmente ainda não tem o seu próprio Dodge, mas isso é só questão de tempo, que mais parecem um "banco de dados"!!! Esses caras sabem de tudo nos mínimos detalhes, e alguns são até menores de idade!!! Existe também um setor de classificados e outro de cadastro de chassis.




Segue abaixo o texto do colega de forum Luiz Márcio de Belo Horizonte, onde ele comprova que o nosso forum também é lugar para dar boas gargalhadas!!! Por mais que pareça brincadeira ele descreve certas coisas incriveis que só quem tem um Dodge consegue entender!!!
"...Eu já tive um Opala Comodoro 1977, 6 cilindros que meu pai comprou zero km e já tive um monte de Dodges. Nunca tive o prazer de ter um Maverick. Não tenho argumentos técnicos para dizer qual deles é o melhor. Mas penso o seguinte. Fazendo uma analogia entre estes três carros e as mulheres cheguei a seguinte conclusão: Os Opalas (6 cilindros) são aquelas mulheres bonitinhas que a gente vê aos montes nas ruas. São legais, agradam a gente e é gostoso dar uns agarros nelas.
Os Mavericks são aquelas que se cuidam um pouco mais. Fazem musculação, são malhadas, bronzeadas, chamam atenção nas ruas. Se a gente batalhar, acaba conseguindo ficar com uma delas. E quando você fica com elas acaba se decepcionando um pouquinho, porque elas não se diferenciam muito das "mulheres Opala".




Por fim, os Dodges são aquelas mulheres que nem sempre são as mais bonitas ou as mais cheirosas. Nem sempre chamam a atenção. Mas na hora que o bicho pega, elas monstram seu valor. Elas vestem a camisa e fazem a parte delas, nos satisfazendo completamente. São inesquecíveis. A gente se apaixona por elas e as pedimos em casamento. Fazem uma comidinha deliciosa, cuidam da casa e das crianças e de noite, te levam à loucura.
kkkkkkkkkkkk....descullpem a brincadeira, mas eu não consigo explicar a minha preferência pelos Dojões através de argumentos racionais. Dodge só se explica pela emoção. Não me interessam os números dos testes comparativos. Eu prefiro os Dodges por causa do barulho que o motor deles faz, por causa do cheiro que o interior deles têm, por causa das linhas de seu desenho, por causa do barulho que a porta deles faz ao ser fechada, etc, etc, etc.
Só quem tem Dodge sabe o que eu estou dizendo.
Grande abraço a todos
Luiz ..."