sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O bom filho a casa torna!!!



Esse relato que segue abaixo é sobre a história de um Dodge Dart 1979, que hoje felizmente, retornou a familia Scheid! Tentei fazer um breve resumo do inicio dessa história. A poucos meses meu Grande Amigo Márião Buzian arrematou o fiel "escudeiro" de sua amada esposa no Leilão da Ulbra! O que me levou a escrever sobre essa história vocês poderão acompanhar na mais recente postagem do blog do Dart Sumatra. Pois eu não poderia de maneira alguma deixar esta história passar em branco. Sem duvida é uma ótima leitura a todo o apaixonado por Dodge!




Tudo começou em fins de 1979, quando um renomado médico da cidade de São Leopoldo decidiu adquirir um dos mais famosos modelos de carro grande já fabricados nesse país, um verdadeiro objeto de cobiça e desejo nesse final de década por muita gente. Ele acabou seduzido pelo forte motor de oito cilindros em V e certamente pelas belas linhas, recém modeladas para a linha 79, dos chamados "Full Size Dodges" fabricados pela Chrysler do Brasil S/A, e que também incluía os novíssimos Dodge Dart, Charger R/T, Magnum e LeBaron, esse último com quatro portas .




O modelo escolhido foi o mais básico da linha, mas ilogicamente ao mesmo tempo o mais completo, em termos de opções: um Dodge Dart Coupé, carroceria de duas portas, na charmosa tonalidade intitulada de Marrom Sumatra Metálico, equipado originalmente com acabamento interno monocromático na cor marrom, vidros verdes do tipo "ray ban", pneus radiais 185/70R14, sistema de som com toca-fitas e antena elétrica, ar condicionado, direção hidráulica e transmissão automática "TorqueFlite Lock Up" com seletora de marchas no assoalho, trazendo consigo bancos individuais e reclináveis. Enfim, estava instalado nesse veículo todo os opcionais possíveis para o modelo, e ele foi faturado para a concessionária Mocauto Veículos, com sede na cidade de São Leopoldo / RS.




Aproximadamente dois anos depois, e com menos de dez mil quilômetros rodados, esse carro acabou sendo anunciado para venda, e aí começa a sua vida na nossa família: meu sogro, Pedro Scheid, na ocasião proprietário da Turiscar do Brasil S/A, estava de olho em um bom veículo que pudesse ser ao mesmo tempo um bom rebocador de trailers e também servir de carro de uso para sua esposa, a Sra. Toni Scheid. Esse mesmo Dodge Dart 1979 acabou sendo o primeiro carro que minha esposa teve a sorte de dirigir, aos quinze anos de idade, ensinada pelo seu querido pai, e que posteriormente serviu à ela após seu teste de direção para obter a carteira de habilitação (ela fez a prova com o Dart naquela ocasião).




Um belo dia, minha querida sogra estava num posto de gasolina abastecendo o Dart, quando dois senhores a abordaram, interessados na compra do veículo. Já acostumada com os assédios para tanto, ela respondeu mais uma vez que o carro não estava à venda, pois além de servir à família, era rebocador de trailer, mas diante da insistência, acabou passando o contato de seu marido , Pedro. O Sr. Scheid recebeu os homens que se identificaram como sendo curadores do futuro Museu da Tecnologia da Ulbra, e diante de uma oferta irrecusável, acabou cedendo o veículo para seu acervo. Minha esposa acabou sab endo da "novidade" no mesmo dia, ficou inconformada e ao mesmo tempo furiosa, já que não havia a menor necessidade de vender o carro que ela adorava, que era como um membro da família que precisou ir embora, e pelo visto, para sempre, pois seu nobre destino passou a ser uma valiosa e impecável peça de muse...



Márião, os dois slogans da campanha 79 encaixam perfeitamente com a tua história: "Emoção 79" e "O que se leva dessa vida é a vida que se leva"!!! Para mim é uma grande honra poder ti chamar de "Meu Amigo". Esta última foto é uma homenagem a amizade, pois nela estão tu e o Maurício na grande estréia do Dartão na ExpoClassic. Vocês são duas pessoas especiais, que fazem de tudo ao seu alcance para ajudar o próximo, nunca pensando em tirar vantagem de suas ações! Coisa cada vez mais rara nos dias de hoje. Parabéns "caras" continuem sempre assim, vocês são um exemplo!!! Aqui vai o endereço do blog do Márião onde encontra-se escrito grande parte de sua "cruzada". E como já disse antes, vale a pena conferir!!!

www.dartsumatra.blogspot.com

2 comentários:

  1. Cajú, meu grande amigo !!
    Mais do que um grande incentivador e parceiro, tu és mais um entusiasta que "joga no nosso time" e não mede esforços para ajudar e manter nossos "garotos" sempre ativos !!!
    É sempre muito emocionante rever as imagens desse verdadeiro "Resgate do Soldado Ryan" que foi a compra desse maravilhoso carro e a sua volta à família que tão bem o acolheu por quase vinte anos...
    O final de toda essa epopéia se resumiu na semana passada quando o nosso Dart Sumatra retornou à sua última morada e daonde ele saiu há doze anos atrás para seu "repouso forçado" nas oficinas da Ulbra, e o seu posterior "renascimento" pelas nossas mãos...
    MAis um ciclo que se fecha e agora inicia um novo tempo, onde esse tão esperado carro vai viver novas emoções conosco, e como afirmam os mais apaixonados, Dodges não são escolhidos, eles é quem nos escolhem como seus donos...E tu sabes muito bem disso !!
    Em meu nome e de toda a Família Scheid o meu eterno agradecimento pelas tão belas palavras e por todo esse apoio, entusiasmo e força que tu sempre nos deu, e quero muito continuar participando do teu sonho e terei o maior prazer de ver o teu sensacional Dart 72 roncando forte ao lado de seu irmão mais novo, o Dart Sumatra...
    Um Dart Emoção 79 Sumatra Moparbraço a ti e a todos os teus !!!

    Mário Buzian / Família Scheid

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  2. Estes dojões estão naturalmente desaparecendo. É claro que ainda existem alguns deles, raríssimos, de uso natural e eventual. A gente costuma ver também muito raramente alguns totalmente adulterados. Eu penso que é uma farra muito fugaz e cara. O carro é "ressuscitado, maquiado" para funcionar alguns dias. O seu aparecimento público pode até causar impacto, que carrão é este?. É uma brincadeira que só produz ressaca, inclusive financeira. Tudo passa neste mundo. Sei não, saudosismo é fria. Estes carrões não acabaram, mas passaram. Eu andei pelos Estados Unidos, terra dos carrões. A percepção que tive é que lá eles passaram...:)

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