terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Compression Height.



Não vejo a hora de postar as fotos de minhas rodas dianteiras Weld 15 X 7 que já foram encomendadas, devidamente montadas nos pneus BFGoodrich 215/60/15 que neste momento estão aqui atrás de minha poltrona do computador!!! Sobre meus coletores dimenssionados TTI, esses demorarão mais algum tempo, pois preciso entrar na fila. Mas isso é assunto para outra postagem. Enquanto as encomendas não chegam, vou escrever sobre um assunto que me tirou o sono durante alguns dias: "Taxa de Compressão"!!! No início de fevereiro eu e o Null fizemos uma pré-montagem de meu virabrequim Scat de 4' em uma biela Scat I-Beam montada em um pistão hiperutético Keith Black 356.



Segundo informações do site www.kb-silvolite.com um motor stroker 408 teria 9.8:1 de taxa de compressão. Mas já que meu motor é um stroker 402 essa taxa seria um pouco mais baixa, sendo assim, fomos atrás desta informação. No mesmo site encontra-se um programa onde basta colocar os dados para obter-se a taxa do motor. Então neste momento começou toda a confusão... Neste programa coloquei os seguintes dados de meu motor: volume da camara dos cabeçotes 63 cc, volume do pistão 23.5 cc, espessura da junta 0.040' , diametro da junta 4.180', diametro do pistão 4', altura do deck 0.098' e o curso do virabrequim 4'. Logo após, foi só clicar e o resultado apareceu, que decepção, apenas 8.1:1 de taxa. Eu e o Null começamos a recalcular, recalcular e nada, o resultado era sempre o mesmo!!! Não conseguiamos acreditar que era tão baixo o resultado obtido. O Null não se dava por vencido dizendo que algo estava errado! Então começei a trocar idéias com meus amigos e colegas para ver onde estava o erro!



Fui visitar meu amigo Evandro Parma em Campo Bom e chegamos no mesmo 8.1:1 Depois fui a Bento Gonçalves conhecer e conversar pessoalmente com o Allan Pasa, gente finíssima esse "Gringo" diga-se de passagem!!! Troquei varios emails com o Minella e persistia o mesmo 8.1:1 Me cadastrei no www.dodgecharger.com para falar com o Beer (escrevi sobre o projeto dele na postagem 390 X 402) e depois de alguma conversa com a ajuda do amigo Google Translate... NADA, persistia o mesmo numero!!! Troquei informações com o meu amigo Eng. Juca Lodetti www.blogdogarboso.com.br e tudo continuava igual. Então fui falar com o Carlos Eduardo de Porto Alegre que assim como o Allan já tinha montado alguns 402 e adivinha??? 8.1:1 Consegui o email do Carlos Zagonel que tem um R/T equipado com um stroker 402, pois o Zagonel usa os mesmos KB 356. Após trocar algumas idéias e tirar algumas duvidas com ele, retornei para a oficina. Lá tive uma conversa com o Null, onde ele cogitou a hipótese de colocarmos outros pistões, de modelo flat. Então começamos a comparar os cc's de cada modelo de pistão juntamente com os "Compression Height", essa nomenclatura denomina a distância entre o centro do pino do pistão até sua face.



Comparando alguns modelos e jogando os dados no programa obtivemos taxas impressionantes acima de 11.5:1 e neste momento veio-me algo a cabeça!!! E se eu tivesse medido o deck na área errada de meus pistões, já que eles possuem 3 alturas diferentes??? Bingo... o "Compression Height" dos KB 356 é de 1.465' o equivalente á 37,21 mm. Essa medida foi encontrada no segundo "degrau" do pistão e não em sua parte mais baixa onde obtive o resultado de 35,41 mm como eu tinha feito. Chegamos a conclusão de que não teria perdido noites de sono se tivesse dado a devida importancia a esse tal de "Compression Height". Sendo assim a altura do deck é de apenas 0.011' (0.3 mm) ao invés de 0.098 (2.5 mm). Fiz a substituição desse dado e surgiu 9.4:1 Depois de toda essa confusão e perda de tempo, percebi mais uma vez que uma simples informação equivocada pode por tudo a perder. Pois cheguei a anunciar a venda de meus pistões para comprar outros de um modelo flat. Chegamos até cogitar a usinagem do bloco, mas não levamos a idéia adiante por considerá-lá uma solução "meio" tosca!!! Por ultimo e não menos importante gostaria de agradecer a todos que prontamente me ajudaram quando solicitei-os. Quem tem amigos nunca está sozinho!!! Quando meu motor "acender" pela primeira vez lembrarei de todos vocês! Muito obrigado...

Evandro Parma - Mecânica 1 Campo Bom
Allan Pasa - Mecânica Box 1 Racing - Bento Gonçalves
Carlos Eduardo - Mecânica Craft Car - Porto Alegre
Gustavo Minella - Caxias do Sul
Jimmy "Beer" - Maine - USA
Juca Lodetti - Curitiba
Carlos Zagonel - Porto Alegre

3 comentários:

  1. Legais demais as infos Caju!!!
    Que bom que viu o equívoco à tempo!

    Abração!

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  2. Ótimo Post Caju!

    O tema é um dos mais polêmicos que existe. MAS, você fez a coisa certa em ir a fundo na matemática e na medição. Discussões técnicas são sempre salutares e, quase sempre, depois de muita confusão, "amadurecem a idéia".

    Simbora torquear estes cabeçotes! Pois, quem respira bem, não precisa de taxa extra para compensar este déficit. Uma vez que, quem dita realmente a evolução da combustão não é a razão de compressão mecânica e sim a EFETIVA, que é a MASSA REAL dos gases aprisionada no momento da centelha.

    Aquele abraço,
    Blog do GARBOSO.

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  3. Como é legal conversar com alguém (o cara ai de cima) que é uma autoridade no assunto!!!
    Isso me passa seguranaça e tranquilidade!

    Abração...e muito obrigado pela acessoria!!!

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